Dadaismo
No ano de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, alguns jovens artistas da França e da Alemanha que não concordavam com o envolvimento de seus países na guerra e fugiram da convocação militar, se refugiaram na cidade de Zurique na Suíça, que na época era uma cidade neutra.
Em meio a essa guerra e ao refúgio em outro país, esse grupo de artistas resolveu criar um movimento que expressasse suas decepções com a religião, a filosofia, as ciências que não foram capazes de evitar a destruição da Europa, e também a repugnância por tudo o que representava atrocidade e opressão. Surge, então, o Dadaísmo.
A palavra “Dada” tem origem francesa que significa “cavalo de pau” na linguagem infantil e foi descoberta ao acaso por Tzara Tristan e Hugo Ball. Esta palavra não fazia sentido, assim como a arte que perdeu todo o seu sentido diante da face caótica da guerra.
Imagem 1 - Tristan Tzara Imagem 2 - Hugo Ball
A ideia era que o movimento saísse da “linha racionalista” e fosse feito de forma a selecionar elementos aleatoriamente; já que o Dadaísmo era a negação da cultura, assim como a guerra, ele representava o caos, a incoerência, o absurdo, etc. O movimento também se destacou pelas críticas satíricas e implacáveis à sociedade capitalista.
Na cidade de Zurique, Tristan Tzara, Hugo Ball, Richard Hülsenbeck e Hans Arp fundaram o Cabaret Voltaire, um clube destinado às manifestações artísticas de vanguarda. Essa seria a primeira sede do grupo dadaísta.
Imagem 3 – Cabaret Voltaire
A ideia inicial era a realização de um espetáculo internacional de Cabaré que contava com músicas diversas, recitais de poesia e exposição de obras.
O Dadaísmo foi uma corrente difundida simultaneamente em diversos lugares do mundo, tanto ideologicamente como de forma prática, em poucos anos o movimento alcançou as cidades de Barcelona, Berlin, Colônia, Hanôver, Nova York e Paris.
O fim do Dadaísmo ocorreu por volta de 1923