Da revolução Industrial Inglesa ao imperialismo
E. J. Hobsbawm
Introdução
O livro escrito por Hobsbawm tem como objetivo analisar os fatos ocorridos desde o início da Revolução Industrial até a era do Imperialismo, e assim, tentar explicar o porquê de a Inglaterra, que com a Revolução Industrial se tornou a grande potência do mundo no século XIX, não conseguiu manter esse monopólio e foi ultrapassada por retardatários na corrida industrial.
Em sua introdução, ele diz que houve um tempo em que a Inglaterra era a única grande oficina mecânica do mundo, o único grande importador e exportador em grande escala, o único transportador, o único país imperialista e quase que o único investidor estrangeiro; e por esse motivo, a única potência naval e o único país que possuía uma verdadeira política mundial.
Hobsbawm coloca em questão o pioneirismo inglês, podendo ser esse uma vantagem e uma desvantagem da Inglaterra. Sendo o ponto de vista estudado nesse livro o relativo declínio da Grã-Bretanha que se deu, em termos gerais, à sua dianteira. Porém, esse fato não será analisado isoladamente.
A economia Mundial, única e liberal, que teoricamente se autorregulava, mas que na realidade exigia o painel de controle semiautomático da Grã-Bretanha desmoronou entre as duas guerras mundiais. O surgimento de outras economias industriais foi uma razão para a derrocada do sistema.
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A Grã-Bretanha em 1750
Hobsbawm analisa a história e os fatos da Grã-Bretanha – ou, antes, da Inglaterra – em 1750 de um modo diferente, através dos olhos dos numerosos e ilustres visitantes estrangeiros. Através dessa forma de analisar a história da Inglaterra, se torna notório que a revolução não era sentida naquele momento, apesar de ser vivida. Os camponeses, os empresários, os comerciantes, e até mesmo os visitantes não tinham noção que estavam vivendo um momento na história que mudaria todo o futuro de um mundo. E por que ver a história pelo olhar do visitante? Hobsbawm diz que o que o