Da Percep o e Cogni o Representa o
Organizadores:
Salete Kozel
Josué da Costa Silva
Sylvio Fausto Gil Filho
Meridiana Soares da Costa¹
Prof. Dr. Josué da Costa Silva²
A PLURALIDADE DA GEOGRAFIA E A NECESSIDADE DAS ABORDAGENS CULTURAIS: A ciência geográfica como muitos pensam não é calcada em conceitos enrijecidos e nada mutáveis. Ao contrário, é por sua pluralidade que podemos explorar novos campos. Foi por isso que, nas décadas do século XX, acreditou-se que um novo paradigma (quantitativo, teórico, positivista, sistêmico e especialista) tinha chegado para substituir a geografia tradicional (descritiva, regionalista, indutiva, excepcionalista, etc.) que seria ameaçado somente com o surgimento de uma revolução científica e que faria surgir um no novo paradigma. (Amorim Filho, p. 16). Na segunda metade do século XX, alguns pensadores ainda continuam tentando unificar a Geografia, e com tantas crises em vários setores mundiais devido a Segunda Guerra Mundial, acabou por afetar o domínio da geografia e seus estudos, principalmente no campo acadêmico. Pode-se dizer que houve duas tentativas unificadoras da geografia: a “Nova Geografia” e a “Geografia Radical”. A primeira foi gestada por ocasião das ideias nascentes do positivismo lógico, nos anos 1930. A segunda no início da década 1970. Na verdade, precisa-se entender que sempre se teve pluralidade no pensamento geográfico. E por correntes preocupadas com problemas sociais (principalmente os urbanos). E que o espaço geográfico deve ser entendido como um produto social, um produto do modo de produção dominante na sociedade. (AMORIM FILHO, 1983, P. 13). As correntes da “Nova Geografia” e da “Geografia Nova” perderam força devido a dimensões totalitárias ou tiranias paradigmáticas e muitos “novos geógrafos” e “geógrafos críticos” acreditaram que esses paradigmas unificariam a geografia.
CULTURAS TRANSVERSAIS: UM NOVO REFERENCIAL