Pena De Morte Tese
Erro - Apostar na eficiência da sentença capital para a redução dos índices de criminalidade.
Quem - China, EUA, Arábia Saudita e pelo menos outros 18 países que vêm executando condenados nos últimos anos.
Quando - Em alguns países, como o Iêmen, desde os tempos mais remotos.
Consequências - Só no ano passado, mais de 500 execuções confirmadas, sem que se tenha notícia de que a criminalidade recuou por causa delas.
No dia 21 de setembro, o americano Troy Davis, de 42 anos, foi executado no estado da Geórgia, com uma injeção letal. Ele aguardava no corredor da morte já havia 20 anos. Foi condenado por supostamente ter assassinado um policial e um veterano de guerra em 1989. Pesaram na condenação 9 depoimentos de testemunhas que disseram ter visto Davis cometer os crimes. Anos mais tarde, porém, 7 dessas testemunhas se retrataram. A defesa tentou de tudo, alegando que um inocente seria executado. Mas não adiantou. Às 23h08 de uma quarta-feira, Troy Davis recebeu a injeção e morreu, jurando até seu último momento que não havia matado aquelas pessoas.
Cara e ineficiente
E se, depois da execução, alguém descobrir que Troy Davis era realmente inocente? Essa é uma das perguntas preferidas de quem defende a extinção das penas capitais. Sentença de morte é irreversível, ao contrário de outras punições severas como a prisão perpétua. E erros judiciais ou de investigação acontecem. A Anistia Internacional calcula que, desde 1973, pelo menos 138 condenados à morte nos EUA acabaram sendo absolvidos antes que a pena fosse executada. Se tivessem morrido, não haveria reparação capaz de trazê-las de volta à vida.
O principal argumento pelo fim da pena de morte, no entanto, é o fato de que ela simplesmente não funciona - não, pelo menos, na redução da criminalidade. Exemplo: nos 36 estados americanos que adotam a pena, o índice de assassinatos por 100 mil habitantes é maior que o registrado nos outros 14 estados que não condenam à morte. Na França,