Da casa do rei à razão do estado: um modelo da gênese do campo burocrático.
O presente trabalho de reflexão e fichamento do texto de Pierre Bourdieu, faz uma reflexão sobre os modos de produção de capital e sua sucessão em três modelos de Estado, que vai do dinástico ao moderno, conforme seguem:
Da casa do Rei à razão do Estado: um modelo da gênese do campo burocrático.
Este trabalho busca compreender a gênese do Estado, que se dará por meio do entendimento sobre o acordo entre os espíritos criados pelo Estado, os espíritos de Estado, e as estruturas do Estado.
Ao estudar o Estado Nação Moderno, corremos o risco de deixar escapar o Estado dinástico que o precedeu. A falta de distinção clara entre o Estado dinástico e o Estado-nação, implica a incapacidade de entender a especificidade do estado moderno.
Especificidade do Estado Dinástico
A acumulação inicial de capital se completa segundo a lógica característica da casa, estrutura econômica e social absolutamente original. O rei agindo como o chefe da casa. Assim, pode-se também afirmar que os traços mais fundamentais do Estado dinástico podem, de qualquer forma se deduzir do modelo de casa. Para o rei e sua família e o Estado se identifica com a “casa do rei”, entendida como um patrimônio que se estende as pessoas da casa.
O modo de sucessão define o reino. A realeza é um honor, que se transmite em linhagem agnática hereditária e por progenitura. O principio da legitimação é a geneologia. E segue com o dominante oferecendo proteção e manutenção ao povo do reino e ao próprio reino. A lógica dinástica explica bem as estratégicas politicas dos Estados dinásticos.
As contradições especificas do Estado Dinástico
A acumulação inicial de capital se opera para vantagem de uma pessoa: o estado burocrático nascente permanece a propriedade pessoal de uma “casa”, que continua a um modo de gestão e de proteção patrimonial. Assim, o estado é um lugar onde se desenrola uma posição análoga à que Berle e Means introduziram acerca da empresa a dos proprietários,