China Antiga
A Arqueologia têm resgatado do fundo da terra as imagens de uma civilização rica, desenvolvida e poderosa desde a antiguidade. Já no início do século XX se descobriam as carapaças de tartaruga com inscrições antiqüíssimas - origem remota da escrita chinesa, que lhe deu base e a sustenta como a escrita em vigência mais antiga do mundo; ao mesmo tempo, expedições pela Ásia central revelavam os incríveis depósitos de textos antigos de Dunhuang, bibliotecas até hoje a serem traduzidas em sua complitude dada a quantidade magnífica de achados; na década de 50, as tumbas Shang de Anyang revelam o mundo dos bronzes antigos, confirmando listagens antigas de nobres e reis da antiguidade, e alçando a cronologia chinesa à uma época cada vez mais distante; no seguir das décadas de 60 e 70, temos as descobertas de tumbas antigas da época Zhou e Qin, incluindo aí a famosa tumba do Marques de Yi e o colossal mausoléu dos guerreiros de terracota de Qinshi Huangdi - enfim, a arqueologia chinesa têm promovido a descoberta de evidências, materiais e obras de arte que falam por si próprios perante os documentos, mas que muitas das vezes os complementam e os revelam. Sima Qian terá sua cronologia comprovada; a tumba de Qinshi Huangdi demonstra também que seu relato sobre a magnífica cripta não era exagerado. As documentações chinesas, pois, exigem uma grande habilidade para serem trabalhadas, manipuladas e analisadas, mostrando a complexidade e profundidade desta cultura (ver Watson, 1969 e Thorp, Reinos Soterrados da China, Abril; 1998).
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