Da bossa nova à Tropicália - resumo
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• Depois da Bossa Nova: Os primeiros anos da década de 60 trouxeram grandes novidades musicais. Não era a criação de novos estilos, e sim, a derivação do ritmo e da harmonia bossa-novistas. Já na questão temática houve uma ruptura, pois cedeu terreno a uma linha mais étnica, de identidade cultural. Além disso, no Beco, voltaram a ser usados instrumentos dispensados pelos bossas-novistas, como, e durante a apresentação musical, era comum, intercalar-se a música com textos literários. No contexto social, novas questões relacionadas às perspectivas desenvolvimentistas e nacionalistas aqueceram o debate político e cultural. Nesse cenário, o Centro Popular de cultura (CPC), propõem uma arte engajada e ideologicamente comprometida, com músicas de estéticas claras e fácil entendimento. Assim começa uma série de produções artísticas com elementos da bossa-nova e sons populares considerados “tradicionais”, que transmitiam para um grande público, “mensagens” políticas. Nesse cenários a estética bossa-novista começa a conviver com a recuperação do excesso, juntando suas características com informações cariocas e nordestinas, o futuro MPB. A partir do ano de 1964, a ideia do investimento no MPB como centro de confluência de questões políticas e culturais de revigora. Apesar dessa nova estética, ainda há na música a crença otimista no futuro da década anterior. Essa geração de músicos que surge a partir dos anos 60, representada por artistas como, Edu Lobo, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, entre outros, vive essa transição nos campos político e cultural.
• Tropicália: Diferente da Bossa Nova, a Tropicália transcendeu os limites de questões meramente estéticas ou confinadas ao âmbito da música popular. O movimento não se restringia apenas à música, mas também à poesia, críticas, artes plásticas, entre outras manifestações artísticas. Além disso, a Tropicália, apesar de romper com os movimentos anteriores, valorizava a tradição musical, ao contrário