Da atua o policial

Da Atuação policial
O caso do ônibus 174 é composto por uma série de situações que chocam as opiniões, valores, princípios e, a depender da interpretação jurídica, até mesmo regras. Muito se fala sobre a atuação policial que pode ser observada no caso, acusando-a de omissa, abusiva, errônea e injusta. Entretanto, ao desenrolar os fatos, observa-se que a atuação policial foi de acordo com o nível do caso, que foi fora do padrão. Não há dúvidas que estamos diante de um caso que pode ser qualificado como um “hard case”. Por essa razão, a atuação policial não foi de acordo com o padrão, mas também não foi além dos seus limites. Haviam muitos riscos envolvidos, e para que fossem suportados, e a segurança e a ordem se reestabelecessem, diversas medidas tiveram que ser tomadas. Obviamente, que todas as medidas não foram em nome próprio, mas em nome do Estado, o que se visou foi a proteção dos passageiros do ônibus que estavam sendo mantidos reféns por quase cinco horas, dos civis e jornalistas próximos do local, e, por fim, do próprio criminoso.
Vê-se logo de início que os policiais agiram pronta e responsavelmente quando acionados por um passageiro que saíra do ônibus com o fim de evitar um possível assalto. Estacionaram a viatura no meio da pista pela qual passaria o ônibus em que aconteceria o possível assalto, objetivando bloquear a passagem do mesmo e encurralá-lo diante da possibilidade do assalto. Logo que foi confirmado que o então suspeito carregava consigo uma arma de fogo, foi acionado o reforço policial, que chegou pouco mais de 15 minutos depois do acionamento, trazendo consigo agentes do BOPE, negociadores, “atiradores de elite”, bombeiros, ambulâncias e todos as ferramentas necessárias e padronizadas que se deve usar quando diante de casos dessa natureza. Todos os requisitos e mandamentos das academias militares foram assim cumpridos.
A partir disso, começou-se a negociação com o criminoso, por nome Sandro, que foi feita pelo capitão da PM por nome André