Da arte à arquitetura
Da arte para a arquitectura
1. Introdução:
O principal objectivo da arte sempre foi buscar uma relação de índole emotiva entre o homem e o seu mundo – segundo Sigfried Giedion, “o artista criativo é um especialista que nos revela na sua obra, tal como num espelho, algo de que nós mesmos não nos damos conta: a condição de nossa própria alma’’ 1. Propondo uma reflexão introspetiva ao observador, a arte acaba por fazer uma investigação emocional sobre as pressões e emoções do quotidiano.
Não só pintores, mas também escultores, arquitectos e outros artistas, tiveram de combater os estilos conservadores ao retomarem as formas puras de expressão nos finais do séc. XIX : artistas de diferentes origens e formas de pensar tiveram que se unir para conseguirem moldar uma nova concepção de espaço e forma – iniciava-se o chamado “movimento moderno”
No presente ensaio, começo por uma análise das alterações que ocorreram a nível das artes plásticas aquando do movimento moderno. Farei uma síntese de várias correntes artísticas com forte influência para arquitectura desse período e irei procurar os aspectos das mesmas correntes que foram transportados para arquitectura. Um dos meus objectivos será portanto perceber em que contribui a arte para arquitectura e, talvez, descobrir o que fornece a arquitectura à arte, questionando se deve a arte da pintura ser inferior à arquitectura.
Por fim, uma vez falando de arte e arquitectura, com base no que neste ensaio analiso, debaterei a arquitectura enquanto arte, com base em diferentes perspectivas de diferentes autores.
2. O Nascimento da arte moderna
2.1 Contexto das artes no séc. XIX
No séc. XIX existe a crença de que a indústria e a técnica possuem um significado exclusivamente funcional, sendo as artes deixadas para segundo plano, longe da vida quotidiana, de maneira que fica m isoladas e autónomas.
Carecendo de conteúdo emotivo a vida