Arte e Arquitetura
A relação entre arquitetura e manifestações artísticas sempre foi motivo de discussão no mundo acadêmico, e atualmente, isso não poderia ser diferente. A combinação de obras de artes plásticas participando da arquitetura do edifício desde a antiguidade, passando até o caso dos museus e galerias, onde o próprio espaço é pensado para a valorização das exposições, nos remete a função de simples decoração; inclusive, mais recentemente, o movimento moderno aliava a estética das artes plásticas com a qualidade arquitetônica, numa tentativa de “popularizar”, ou tornar mais cotidiano o acesso a estas vertentes culturais.
A partir de um caráter mais social e questionador, as manifestações artísticas rumaram para outro caminho. Não sendo mais possível a limitação dessa existência atrelada a espaços expositivos, por diversos motivos e iniciativas (a meu ver dos próprios artistas), as obras de arte tomaram o imaginário coletivo, e consequentemente, a urbe.
Com o passar do tempo, essas inciativas populares, adotaram outros critérios, o modo de fazer arte mudou, não se prendendo apenas ao mundo acadêmico e elitista. A população começou a fabricar bens culturais (como a maioria das artes urbanas), e o seu consumo chegou até lugares que não eram alcançados antes.
Essas mudanças estruturais levantaram novas questões, ainda na relação arquitetura e arte, porém a abrangência é muito maior, levada até a cidade, as manifestações borbulham espontaneamente em diversos lugares, sempre retratando as preocupações e os cenários dos seus núcleos originários. Outro tema que contribuiu para essa explosão é o fato cotidiano, tema