Córrego proença
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O solo da região caracteriza-se como arenoso em sua maioridade e mostra-se bastante encharcado. A poluição tanto do terreno quanto das bordas e interior do córrego é evidente. Encontrou-se uma vasta gama de resíduos sólidos no terreno, podendo-se citar CD’s, solas de sapatos, pneus, garrafas pet, cartões de loja e até mesmo trapos (Figura 3). A vegetação atual de encosta extende-se por poucos metros de cada lado até a rua asfaltada e ao longo do terreno inclinado que margeia o córrego. Essa vegetação é composta majoritariamente por gramíneas e ervas daninhas (Figura 4), porém, também foram encontradas plantas de abóbora, tomates e girassóis. Algumas espécies componentes da flora foram possíveis de se identificar a partir de uma comparação visual de suas flores e folhas, como a Sphagneticola trilobata L., a Ricinus communis L., Gomphrena celosioides e a Cosmos bipinnatus, popularmente conhecidas como mal-me-quer-do-brejo, mamona, perpétua-brava e cosmos, respectivamente, todas classificadas como plantas daninhas que são, Segundo Pitelli (1987), “plantas que ocupam locais onde por qualquer motivo, a cobertura natural foi extinta e o solo tornou-se total ou parcialmente exposto”.
As figuras seguintes mostram a poluição evidente na região onde foi realizada a amostragem.
Figura 3. Solo arenoso, gramíneas e resíduos sólidos caracterizam o local.
Figura 4. Vegetação de nas margens do córrego Proença.
Apesar de sua aparência denegrida, o córrego Proença ainda serve a alguns animais. Durante a visita ao local, registrou-se a presença de alguns espécimes animais, como a garça branca, quero-quero, pombas e outros pássaros, além de aranhas, borboletas, abelhas, formigas, moscas, diversas espécies de joaninhas, besouros e várias libélulas (Figuras 5, 6 e 7).
Mesmo visivelmente poluída, a região ainda se mostra importante para vários animais que habitam as proximidades.
Figura 5. Aves brancas visitam as águas do Proença