Césio137
O acidente teve início no dia 13 de setembro.Somente dezesseis dias depois a contaminação das pessoas por material radioativo foi descoberta pelas autoridades e foram tomadas medidas necessárias para a descontaminação.
Como tudo ocorreu:
Um hospital (Instituto Goiano de Radiologia – IGR) havia sido desativado após sofrer uma ação de despejo. Entre os escombros do hospital havia um aparelho de radioterapia com uma cápsula de chumbo contendo cerca de 20 gramas do sal cloreto de césio 137 (CsCl). Essa quantidade gera um volume de mais de 7 toneladas de lixo atômico.
O césio-137 é um isótopo radioativo (radioisótopo) do césio, que possui em seu núcleo 55 prótons (esse é seu número atômico) e 82 nêutrons; portanto, seu número de massa (A) é igual a 137 (55 + 82). Esse elemento é muito nocivo, pois emite partículas ionizantes e radiações eletromagnéticas capazes de atravessar vários materiais, incluindo a pele e os tecidos do corpo humano, interagindo com as moléculas do organismo e gerando efeitos devastadores. Ele é capaz de substituir o potássio nos tecidos vivos. No aparelho de radioterapia, porém, seu feixe radioativo é usado para atacar as células cancerígenas e o chumbo da cápsula impede que essa radiação atravesse e contamine os materiais ao redor. Hoje se costuma usar o cobalto-60 no lugar do césio-137.
No entanto, dois sucateiros, Roberto dos Santos e Wagner Mota, invadiram o prédio abandonado e removeram o aparelho de radioterapia a fim de vendê-lo para um ferro-velho. Eles arrombaram a máquina, dando inicio à