Célula de produção
O arranjo físico em células se baseia no princípio da tecnologia de grupo. Esse princípio busca melhorar a eficiência na produção de itens muito variados, agrupando-os de acordo com um critério escolhido, o qual pode ser por semelhança na forma, por utilização de componentes em comum, por processamento no mesmo conjunto de máquinas ou por outro critério à escolha (Miyake 2006).
Dessa maneira, o layout é definido para um determinado conjunto em vez de ser baseado num único produto, ganhando-se flexibilidade e espaço. (Zagonel 2006) cita mais algumas vantagens do arranjo celular face ao arranjo funcional. Entre elas podemos destacar:
_ Redução de produtos com defeitos;
_ Maior produtividade;
_ Menor manuseio das peças/produtos e menos movimentação do operário;
_ Menor tempo de setup;
_ Menor estoque em processo;
_ Menores filas de espera.
Entretanto, (Huq, Hensler et al. 2001), através de um estudo, provou que para se obter as vantagens do layout celular, é necessário que sejam reduzidos os lotes de processamento e os tempos de setup em cerca de 70%. Caso contrário, os benefícios desejados podem não ser conseguidos. Na média, as células de produção são formadas por 10 máquinas e têm, geralmente, entre três e quatro operadores. Esses são os resultados de uma pesquisa de (Miltenburg apud Zagonel
2006) realizado em 114 células no Japão e nos Estados Unidos. Os resultados desse estudo mostraram que o trabalho em células apresentou 75% de aumento na produtividade, 86% menos WIP, 75% menos tempo de lead time e 83% menos defeitos.
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Análise e Simulação do Ciclo de Reabastecimento das Células de Produção em Sistemas Just-In-Time
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As células de manufatura podem assumir vários formatos. Entretanto, as do tipo “U”, representadas pela figura 14, são as mais utilizadas. Nela, as máquinas estão mais próximas umas das outras para reduzir os deslocamentos dos operadores ao