CELULA DE PRODUÇÃO
O conceito de célula de manufatura originou-se em estudos conduzidos na antiga União Soviética por Sokolovsky nos anos 30 que propôs que partes de configuração e características semelhantes deveriam ser produzidas da mesma maneira por um processo tecnológico padronizado (HYDE apud HYER; BROWN 1999).
Rother e Harris (2002) apresentam o seu conceito de célula de acordo com a teoria do pensamento enxuto: “Uma célula é um arranjo de pessoas, máquinas, materiais e métodos em que as etapas do processo estão próximas e ocorrem em ordem seqüencial, através do qual as partes são processadas em um fluxo contínuo”.
Segundo Hyer e Brown (1999) a visão convencional, clássica, superficial, do layout celular o caracteriza como sendo um arranjo que:
a) Produz partes ou famílias de produtos;
b) Envolve a locação física dos equipamentos para produzir estas famílias de produtos;
c) Submete os equipamentos à produção da família de produtos.
Hyer e Brown (1999) propõem uma definição mais abrangente para o que denominaram célula real, determinando que uma célula de manufatura possui duas categorias gerais de características ou elementos de definição. O primeiro abrange a definição clássica, e o segundo estende a definição além da abordagem de layout:
a) Característica 1: A dedicação de equipamentos a uma família de partes ou produtos que possuem especificações de processamento similares;
b) Característica 2: A criação de um fluxo de trabalho onde as tarefas e os executores estão firmemente conectados em termos de tempo, espaço e informação, sendo:
- Tempo: A transferência e tempos de espera entre tarefas sequenciais dependentes são minimizados;
- Espaço: Todas as tarefas na célula são executadas em proximidade física uma das outras. Os operadores da célula devem estar próximos o suficiente para permitir a transferência rápida de materiais e também visualizar cada componente, conversar, agir como equipe e resolver os problemas rapidamente. A visualização de