Câmbio cvt
A transmissão continuamente variável (CVT), imaginada por Leonardo da Vinci há mais de 500 anos, vem sendo usada em substituição às caixas automáticas de engrenagens planetárias, ou seja, as tradicionais, em alguns automóveis. Desde que a primeira patente de CVT toroidal foi registrada, em 1886, a tecnologia foi refinada e aprimorada. Hoje em dia, diversos fabricantes de carros, incluindo a General Motors, Audi e Nissan (no Brasil, a Honda, com o Fit) estão produzindo modelos equipados com CVTs. Foto cortesia de Nissan Global
Motor HR15DE com CVT Xtronic da Nissan |
Neste artigo, vamos explorar o funcionamento da CVT em um carro com motor dianteiro e tração traseira, e responder algumas perguntas, como: * Quais as semelhanças entre a CVT e a caixa automática planetária? * Como ela se divide e como estas partes funcionam? * Quais as vantagens que as CVTs têm sobre as caixas automáticas convencionais? Quais as desvantagens? * Como é dirigir um carro com câmbio CVT? * Quais os fabricantes e modelos que usam as CVTs? * Além de automóveis, existem outras utilidades para as CVTs?
Vamos começar com algumas instruções básicas sobre transmissões.
Se você leu sobre a estrutura e funcionamento das transmissões automáticas em Como funcionam os câmbios automáticos, então já sabe que a função da caixa é mudar a relação da rotação entre o motor e as rodas do automóvel. Em outras palavras, sem o câmbio os carros só teriam uma marcha, que seria a marcha que permitiria ao carro viajar na velocidade máxima desejada. Imagine dirigir um carro que só tivesse a primeira marcha, ou um que só tivesse a terceira. O primeiro carro sairia da inércia de forma eficiente e seria capaz de subir uma ladeira íngreme, mas sua velocidade máxima seria limitada a alguns poucos quilômetros por hora. Porém, o outro carro andaria a 130 km/h numa estrada, mas não teria quase aceleração ao sair de parado e não seria capaz de subir ladeiras.
O câmbio usa uma