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Os debates em torno do meio ambiente de um modo geral e, em especial, as relacionadas com o aquecimento global alcançaram definitivamente o grande público em praticamente todo o mundo. As iniciativas para enfrentar a degradação ambiental têm uma longa história e não há números de páginas suficientes para contá-la. Durante muito tempo os problemas ambientais eram tratados no âmbito dos países e suas subdivisões por meio de leis para controlar a poluição e ordenar a exploração de recursos naturais. Os problemas que ultrapassavam as fronteiras dos países passaram a ser objetos de acordos intergovernamentais para tentar solucioná-los de modo compartilhado. Embora desde o século XIX algumas iniciativas procuram tratar alguns problemas de modo global por meio de acordos multilaterais, como a proteção das aves migratórias, foi somente em meados dos anos 1960, quando esses problemas haviam se acumulado de tal maneira que afetavam todos os países e regiões, independentemente de terem ou não contribuído para a sua geração, que a questão ambiental passou a ter uma dimensão claramente global. Entre as iniciativas importantes para essa mudança de perspectiva destacam-se o Programa Homem e Biosfera da Unesco de 1971 e as conferências da ONU de 1972 e 1992, em Estocolmo e Rio de Janeiro, respectivamente.
Essa mudança não se restringiu à extensão dos problemas que passaram de locais e regionais para globais ou planetários. Percebeu-se que os problemas ambientais também são problemas sociais decorrentes dos processos sociais e econômicos vinculados aos processos de desenvolvimento dos países e regiões, resultando desse fato o conceito de desenvolvimento sustentável. A palavra sustentável e sustentabilidade também se tornaram muito freqüentes nesses últimos anos e em geral associados à expressão responsabilidade social corporativa