Custos portuários
1 - INTRODUÇÃO
Um sistema de custos, para atingir sua capacidade de funcionar como instrumento de administração, precisa desenvolver-se e aprimorar-se. A alta administração deve sempre manifestar-se com respeito às informações desejadas, pois só ela pode tornar a informação útil para a decisão. Perder tempo com informações que não serão utilizadas empurra o sistema para um nível secundário e torna-o caro, pois cada informação provoca um gasto (nenhuma é gratuita). Dessa, forma para cada gasto com uma informação deve-se ter um benefício com a mesma e esta relação deve ser bem avaliada na escolha de um sistema de custos, hoje todos informatizados. Experiências mostram que se os relatórios gerados não forem utilizados ou não forem de interesse, nunca se transformarão em informação, isto é, não trarão nenhum benefício, e a relação custo / benefício tende ao infinito, o que impõe a falência do sistema. Aborda-se aqui a questão dos custos portuários, tomando-se como exemplo o Porto do Recife, para o qual os autores prestaram serviço de consultoria.. São três os modelos de custos tratados. O primeiro deles, por sua simplicidade, é explicado logo abaixo, os demais serão vistos com maiores detalhes no decorrer do trabalho. O primeiro modelo de custos, não é propriamente um modelo mas, dá uma idéia global dos custos envolvidos nas operações de movimentação de carga, é a razão entre os gastos totais e a movimentação total de carga. Os valores obtidos, em dólares americanos, foram US$ 5.03 (cinco dólares e três centavos) para o ano 1992 e US$ 5.01 (cinco dólares e um centavos) para 1993, por tonelada movimentada. Deve-se cobrar, em média, mais do que US$ 5.00 (cinco dólares) por tonelada de carga movimentada, para que não se tenha prejuízo. Note-se que o número permanece estável de um ano para o outro. Essa primeira visão não permite ainda o estabelecimento de uma sistemática detalhada para a tomada de decisões racionais com relação a