Custo brasil - falta de políticas setoriais
É inviável o desenvolvimento econômico e social sem o desenvolvimento de uma indústria competitiva, no médio e longo prazo, em países continentais como o Brasil. Nos meados da década de 2000, quando o superávit começou a bater recordes positivos, na maior parte constituído pelo agronegócio, começou-se a reduzir a necessidade de captação de recursos internos como os do Fundo Monetário Internacional (FMI), além de aumentar as reservas cambiais, pois em 2005 ultrapassamos US$ 45 bilhões de saldo positivo, aumentando o fator segurança para os investidores de fora, mesmo assim, apesar de todos os avanços dos últimos anos, o Brasil permanecia detentor de apenas 1,1% das vendas mundiais no ano de 2004, ocupando apenas o número 25 num ranking de 30 países. A China por exemplo detinha apenas 0,5% dessa fatia e em 2004 chegou a 6,5%. Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), do ano de 2004, o Brasil detinha 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) em 1980, caindo para 2% apenas em 2004, perdendo espaço na área global, com crescimento menor que a média mundial para esse período, tendo as vendas internacionais, ou importações como um dos principais fatores para tal queda. Não se esquecendo que as commodities (produtos com grandes volumes e preços baixos) têm também peso significativo nas exportações e nos índices. É o caso de produtos como petróleo, café, aço, soja, entre outros, que tem grandes volumes nas exportações mas valor agregado baixo. Por esses motivos as políticas industriais deveriam ser estruturadas para incentivar a produção, consumo e exportação de produtos com maior valor agregado, como exemplo, não comercializar o café em grãos, e sim manufaturado. O Brasil produz muito e exporta muito café em grãos, deixando o lucro maior com os países que recebem esses grãos e manufaturam para comercialização e exportação para outros países como café moído, produtos de café em diversas formas com valor