Custo beneficio
2. Projetos de Investimento como Opções Reais
Uma firma que possui uma oportunidade de investimento adquiriu algo semelhante a uma opção de compra financeira: ela possui o direito, mas não necessariamente a obrigação de comprar um projeto em algum momento no futuro. Quando a empresa realiza este investimento, ela automaticamente exerce a sua opção de compra. Assim, os investimentos em capital físico são essencialmente opções sobre ativos reais. Ao longo dos últimos anos, economistas exploraram esta idéia relacionando-a à existência de uma flexibilidade operacional para a realização dos gastos e chegaram à conclusão que interpretar estratégias de investimentos como opções
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reais muda a teoria e a prática das decisões corporativas de investimentos. Quando avaliamos oportunidades de investimento reconhecemos a
importância de três características dos projetos: a irreversibilidade presente na decisão sobre a sua implementação ou não, a incerteza em relação ao valor dos fluxos de caixa esperados e a escolha do momento ótimo para a realização dos gastos. O ambiente econômico no qual a maioria das firmas deve operar é muito mais volátil e imprevisível nos dias de hoje do que foi há 20 anos atrás. Esta incerteza requer que os empreendedores sejam mais sofisticados e cuidadosos com contabilização do risco. Como as opções reais contabilizam o valor da flexibilidade em um mundo incerto, a habilidade de se avaliar as incertezas associadas aos projetos é crucial para a realização dos investimentos em capital fixo. Neste capítulo, começaremos a análise da influência da volatilidade através do desenvolvimento de uma regra ótima de decisão para o investimento. Estaremos assumindo que a firma possui um monopólio sobre o seu projeto, logo não existe interação estratégica entre os participantes de uma mesma indústria. A análise será realizada através do modelo proposto por MCDONALD e SIEGEL (1986). A escolha