Curso de Letras Pra quê
Sobre o autor: Marcos Bagno, tradutor, escritor e linguista, é Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Professor de Linguística do Instituto de Letras da Universidade de Brasília, autor de duas dezenas de obras literárias. Recebeu em 1988 o Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira e, em 1989, o Prêmio Carlos Drummond de Andrade de Poesia, entre outros.
No artigo, o autor, nos mostra a constante revolta e indignação que sente em relação a maneira em que o curso de letras é ensinado, tal indignação inicia-se desde o nome do curso, até mesmo sua grade curricular. Bagno, levanta questionamentos, e traz a todo momento provocações que instigam os leitores, fazendo-os pensar sobre o assunto discutido. Segundo Bagno, a situação dos nossos cursos de Letras é catastrófica, tal catástrofe como mencionado no parágrafo anterior inicia-se a partir do título que é dado ao curso, que contínua “intacto” depois de tantas evoluções que ocorreram nas ciências e nas sociedades humanas. Em alguns momentos o autor faz um sarcástica comparação do curso, ou da literatura em si, com autores devidamente mortos e enterrados ou até mesmo com uma arte antiga ou inexistente, fica explícita a revolta do autor em relação aos cursos de letras que cultivam e cultuam autores mortos ou “imortalizados” quando na verdade Marcos Bagno, procura a valorização de autores ainda vivos. Menciona-se também no texto de Bagno, algo que em seu ponto de vista, fez com que o curso de Letras fosse perdendo as origens e as raízes ao longo dos anos, onde as grades curriculares deixaram de ser padrão, e como exemplo, temos o caso da semântica que em algumas universidades a disciplina, fica a escolha do aluno cursar ou não. Torna-se algo questionável a formação de professores, sem uma base, ou com o conhecimento inadequado para lidar com as novas concepções do