Culturas Anuais Sorgo
Disciplina: Culturas Anuais
Introdução
O sorgo (Sorghum bicolor L. Moench) é um produto da intervenção do homem, que domesticou a espécie e, ao longo de gerações, vem transformando-a para satisfazer as necessidades humanas. Sorgo é uma extraordinária fábrica de energia, de enorme utilidade em regiões muito quentes e muito secas, onde o homem não consegue boas produtividades de grãos ou de forragem cultivando outras espécies, como o milho. Sorgo é, entre as espécies alimentares, uma das mais versáteis e mais eficientes, tanto do ponto de vista fotossintético, como em velocidade de maturação. Sua reconhecida versatilidade se estende desde o uso de seus grãos como alimento humano e animal; como matéria prima para produção de álcool anidro, bebidas alcoólicas, colas e tintas; o uso de suas panículas para produção de vassouras; extração de açúcar de seus colmos; até às inúmeras aplicações de sua forragem na nutrição de ruminantes.
2. Histórico do Sorgo
O sorgo tem como centro de origem a África e parte da Ásia. Apesar de ser uma cultura muito antiga, somente a partir do século XIX é que teve um grande desenvolvimento em muitas regiões agrícolas do mundo. Nos países em desenvolvimento, o sorgo, principalmente o granífero, destina-se a alimentação humana, enquanto que em países desenvolvidos é utilizado como alimento animal. Quatro tipos de sorgos são cultivados no Brasil: o granífero, o forrageiro, o sacarino e o vassoura. Para utilização específica na agropecuária, o sorgo destinado a silagem e pastejo, com o uso de híbridos de elevada qualidade e produtividade, vem se transformando numa cultura de grande expressão para a produção animal, devido ao seu elevado potencial de produção, boa adequação à mecanização, reconhecida qualificação como fonte de energia para arraçoamento animal, grande versatilidade (feno, silagem e pastejo direto), e adaptação a regiões mais secas. A grande resistência do sorgo às