Culturalismo resumo
Professor: Cesar Caparelli
Culturalismo
O movimento culturalista fundamenta-se nas idéias de Max Weber e Sombart de que a cidade européia pré-capitalista representa um momento excepcional da história e permite, graças ao clima particular da comunidade urbana, uma realização do indivíduo e um “desabrochar” da cultura. Esse movimento nasce na Inglaterra do século XIX, através das obras de Pugin, Ruskin e Morris e no final do século em Ebenezer Howard (O pai da cidade Jardim). Seu ponto de partida é o agrupamento humano da cidade, sua unidade orgânica e os conceitos de Estética e Cultura ocupam juntos o mesmo lugar que higiene em Owen e Fourier.
Por suas particularidades e sua originalidade própria, cada membro da comunidade é insubstituível. Um pensamento anti-industrialista, alimentado de nostalgia pela cidade do passado, da qual se quer ressuscitar o calor humano e a qualidade arquitetural. Faz-se necessário para tanto retomar às pequenas cidades, com limites definidos, ruas sinuosas, adaptadas ao sitio natural. Constroem uma imagem nostálgica, orgânica, qualitativa, participativa e espiritual da cidade. Postula a possibilidade de fazer um estado ideal passado reviver através das formas desse passado. A cidade possui limites precisos e dimensões modestas inspiradas nas cidades medievais. A população é descentralizada e dispersa em pontos densos urbanos. Não há nenhum traço de geometrismo, portanto só irregularidades e assimetria formam o espaço orgânico. A estética prevalece nesse modelo, a arte através do artesanato, isto é, sem protótipos e padrões.
No modelo do urbanismo culturalista cada construção deve ser específica, diferente da outra. Valorizam-se os prédios comunitários e culturais. A feiúra da cidade industrial é o resultado de uma carência cultural que só pode ser combatida através do retorno