Cultura e Informação
Escola de Ciência da Informação
Biblioteconomia
Oliven, Ruben George. “A cultura brasileira e a identidade nacional na década de oitenta”. In.- Violência e cultura no Brasil. Petrópolis: Vozes,1982, cap.V, p. 74-86
Disciplina: Cultura e Informação
Professor: Rubens Alves da Silva
Aluna: Margaret Ferreira Dias
A CULTURA BRASILEIRA E A IDENTIDADE NACIONAL NA DECADA DE OITENTA Pensar a questão cultural brasileira na década de oitenta não é mero exercício inócuo de futurologia, mas significa procurar captar um dos aspectos cruciais para a compreensão da dinâmica da sociedade brasileira. É interessante retomar algumas das antigas questões e analisar de que maneira elas são reatualizadas no presente. No bojo desta problemática está a questão de descobrir o que é apresentado como identidade nacional e a contribuição que diferentes classes sociais prestariam a formação desta identidade. Nossa cultura é profundamente desvalorizada por nossas elites, tomando-se em seu lugar a cultura europeia ou a norte-americana como modelo. A escolha do tipo social considerado como representativo da nacionalidade remete á questão paralela de decidir que são os produtores validos da cultura brasileira de determinar o que é considerado como cultura. Uma primeira perspectiva tende a considerar como cultura brasileira manifestações intelectuais e artísticas da elite, o que esta perspectiva não consegue perceber é a relação que existe entre as classes sociais no processo de produção cultural. O que é considerado como cultura brasileira é a apropriação e reelaboração por parte de nossas classes dominantes de traços culturais gerados nas metrópoles.
Analisando, por exemplo, as transformações culturais que se operaram nas camadas superiores da cidade do Rio e Janeiro por ocasião da vinda da família real portuguesa ao Brasil, Maria Isaura Pereira de Queiroz2 formulou a hipótese de que a difusão de