CASTELLS, Manuel. A Era da Informação: economia, sociedade e cultura
MANUEL CASTELLS
RESUMO:
Segundo Castells, em seu livro “A era da informação: economia, sociedade e cultura”, a partir das décadas 60 e 70, passa a surgir “um novo mundo”, em que sociedade, economia e cultura estão interligados graças às tecnologias, fazendo surgir uma sociedade em rede – a sociedade informacional.
Esse novo mundo é caracterizado por uma economia interdependente, no qual vários países passaram a querer participar do crescimento na produção e no comércio. Essa participação viria a se concretizar graças ao intermédio das tecnologias. A economia global fez surgir regras econômicas em comum em todo o mundo.
Em meio aos três pilares(economia, sociedade e cultura), existe uma redefinição nas relações produtivas de poder e experiência. Essas relações de produção transformaram-se numa forma de capitalismo informacional e para que eles sejam entendidas se faz necessária a análise do processo produtivo, do trabalho e do capital.
O processo produtivo decorre da inovação, da competitividade e da flexibilidade. No processo trabalhista, a mão-de-obra precisa se “reciclar”, para que não fique obsoleta frente à evolução das máquinas. No entanto, a partir dessa mesma evolução, tem sido comum a troca da mão-de-obra humana pela tecnológica. Apesar de concordar com a existência da substituição do homem pela máquina, o autor enfatiza que isso não equivale ao desemprego em massa. Nessa Era da Informação, a sociedade divide-se em fragmentação interna da força de trabalho entre produtores informacionais e mão-de-obra substituível.
É importante, ainda, fazer uma análise sobre quem detém os lucros que se originam da economia informacional: os mercados financeiros globais e suas redes de gerenciamento. São os movimentos que os mercados fazem, nesse meio informacional, que mobilizam o capitalismo. Ele é manipulado pela tecnologia e pela demanda populacional do mundo, dessa forma faz gerar capital em escala global.