Cultura e formação histórica do Brasil: Casa Grande e Senzala

Introdução
“A cultura não existe em seres humanos genéricos, em situações abstratas, mas em homens e mulheres concretos, pertencentes a este ou àquele povo, a esta ou àquela classe, em determinado território, num regime político A ou B, dentro desta ou daquela realidade econômica.”
Fonte: Livro Cultura Brasileira, Aldo Vannucchi. P. 21

Durante séculos de colonização, o território brasileiro foi palco de uma fusão entre as culturas indígena, portuguesa e africana. Percebendo assim, que a pluralidade é a principal característica da formação da cultura brasileira. Esta formação, também recebeu, mais tarde, influências dos imigrantes europeus, árabes e asiáticos, e indiretamente de países como França, Inglaterra e Estados Unidos, formando uma sociedade altamente miscigenada e de rica cultura. Dentre todos os povos, os que exerceram maior influência no Brasil foram os portugueses, que deixaram como principal herança a língua portuguesa, falada por todos seus habitantes. Além da linguagem, os colonizadores também implementaram no território a religião católica, crença da maioria da população. Mas esta maior influência não eliminou a influência das outras culturas, que tiveram forte contribuição, para esta cultura rica que é a brasileira.
Uma só palavra ou teoria não seria capaz de abarcar todos os processos e experiências históricas que marcaram a formação do povo brasileiro. Marcados pelas contradições do conflito e da convivência, constituímos uma nação com traços singulares que ainda se mostram vivos no cotidiano dos vários tipos de “brasileiros” que reconhecemos nesse território de dimensões continentais. Gilberto Freyre, no seu livro Casa Grande e Senzala, aborda fortemente a questão da formação da cultura brasileira, em um ponto de vista que destaca o negro e o indígena, e o português como pilares das estruturas culturais e sociais do Brasil. Casa Grande e Senzala é, sem dúvida, uma façanha da cultura brasileira.

Casa Grande e Senzala: Cultura e