cultura surda
CULTURA SURDA E CIDADANIA BRASILEIRA,
Nenhum ser humano é exatamente igual a outro, podemos concluir que ser surdo não é melhor nem pior que ser ouvinte, mas diferente.
Se considerarmos que os surdos são pessoas diferentes, estaremos aptos a entender que a diferença física entre pessoas surdas e pessoas ouvintes gera uma visão não-limitada, não determinística de uma pessoa ou de outra, mas uma visão diferente de mundo, um “jeito ouvinte de ser” e um “jeito surdo de ser”, que nos permite falar em uma cultura da visão e outra da audição.
A Cultura Surda sinaliza que normas, valores, tecnologia e linguagem dos surdos são diferentes dos de outros grupos humanos.
Caracterizar Cultura Surda como Multicultural é o primeiro passo para admitir que a Comunidade Surda partilha com a comunidade ouvinte o espaço físico e geográfico, da alimentação e do vestuário, entre outros hábitos e costumes, mas que sustenta em seu cerne aspectos peculiares, além de tecnologias particulares, desconhecidas ou ausentes do mundo ouvinte cotidiano.
A existência de uma Cultura Surda ajuda a construir um identidade das pessoas surdas. Esses surdos que assumem a identidade surda são representados por discursos que os vêem capazes como sujeitos culturais, uma formação de identidade que só ocorre entre os espaços culturais surdos.
A preferência dos surdos em se relacionar com seus semelhantes fortalece sua identidade e lhes traz segurança. É no contato com seus pares que se identificam com outros surdos e encontram relatos de problemas e histórias semelhantes às suas: uma dificuldade em casa, na escola, normalmente atrelada à problemática da comunicação. É principalmente entre esses surdos que buscam um identidade surda no encontro surdo-surdo que se verifica o surgimento da Comunidade Surda. Surgem com ela as associações de surdos, onde se