cultura surda
XIV.CULTURA SURDA
Para Vygotsky, a relação do homem com o mundo não é direta, mas mediada, e as ocorrências de mediação primeiramente vão emergir de outrem e depois vão orientar-se ao próprio sujeito.
Os surdos, além de serem indivíduos que possuem surdez, por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, tendo ainda uma cultura característica.
No Brasil eles desenvolveram a LIBRAS, e em Portugal, a LGP. Já outros, por viverem isolados, ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos. Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem utilizar a língua falada.
Assim, para que a construção da identidade surda aconteça é essencial o encontro surdo-surdo, pois temos observado que o interlocutor privilegiado da criança surda é o próprio surdo. Faz-se necessário ressaltar que a surdez não é homogênea, ou seja, o grupo de surdos não é uniforme.
Então, temos os surdos oralizados que não consideram necessária a oficialização da língua de sinais e, em contrapartida, os surdos filhos de pais surdos, usuários da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), e que não se consideram deficientes auditivos.
Enfim, podemos considerar a possibilidade de múltiplas identidades surdas, ou seja, elas são heterogêneas e apresentam diferentes facetas.
14.1.Progresso Na Cultura Surda
Ao longo dos anos, as pesquisas interdisciplinares sobre surdez e sobre as línguas de sinais, realizadas no Brasil e em outros países, tem contribuído para a modificação gradual da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade ouvinte em geral.
14.1.1.Esses Estudos Têm Classificado Os Surdos Em Duas Categorias
•Os portadores de surdez patológica, normalmente adquirida em idade adulta;
•E aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo, a pessoa é inferior as pessoas normais, sendo assim, uma pessoa ninguém, não implicando,