Cultura organizacional e prazer-sofrimento no trabalho: uma abordagem psicodinâmica.
Em toda organização há uma cultura organizacional, muitas vezes a cultura da organização visa o controle do sujeito a retirada da subjetividade do trabalhador, é na cultura que o sujeito irá ter gratificação e frustração do seu desejo, pois por mais que a organização tente permitir até certo ponto a satisfação do seu funcionário sempre terá frustrações, pois não há como realizar todos os nossos desejos. É preciso dentro da cultura da organização permitir que o sujeito possa transformar suas pulsões em criatividade, ou seja, as sublimar.
Há uma cultura predominante em nossa sociedade de que não precisamos gostar daquilo que fazemos desde que possibilite o seu sustento, e isso gera sofrimento, pois o trabalho passa a ser visto apenas como uma mercadoria, sendo que na verdade ele influencia na vida do sujeito, um trabalho que ocasione sofrimento irá afetar toda a vida psíquica do sujeito.
A maneira de a organização proporcionar satisfação ao seu empregado, uma delas é permitir uma maior flexibilidade das regras, reforçar a identidade individual de cada sujeito, proporcionar uma interação social entre todos que fazem parte da organização. Aquilo que é reconhecido passa a ter um valor maior, portanto, não devemos apenas ver o trabalhador como uma simples parte da engrenagem, mas fazer se sentir como alguém importante dentro da organização, como uma parte fundamental de um todo, assim o trabalho deixa de ser apenas uma obrigação uma criação de sofrimento, e passa a ser visto de forma prazerosa se incorpora na subjetividade do sujeito.
Organizações que mantém regras fixas e imutáveis, que não privilegia de forma nenhuma o seu trabalhador, ambientes muito burocráticos, ou que muitas vezes incentivam a competição exagerada, iram trazer sofrimento para as pessoas que fazem parte dela.
Devemos procurar, e é isso que a psicodinâmica traz um ambiente, uma