Cultura, identidade e memória na comunidade quilombola santana dos pretos pinheiro - maranhão. (1)
CULTURA, IDENTIDADE E MEMÓRIA NA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO “SANTANA DOS PRETOS” – PINHEIRO/MARANHÃO.
Autor: André Luís Bezerra Ferreira1; Orientadora: MsC. Maria da Conceição Pinheiro de Almeida.2 Introdução O presente trabalho tem como objetivo conhecer e analisar, ainda que de forma exploratória, aspectos culturais e identitários da comunidade quilombola Santana dos Pretos no município de Pinheiro – MA, a partir de suas memórias. A referida comunidade resulta, de certo modo, do processo de resistências do povo negro que desde os tempos da escravidão vem reagindo às formas de desigualdades a que foram e ainda são submetidas, de tal modo que nesse processo construíram e preservaram traços da cultura e identidade herdados dos antepassados africanos. A comunidade quilombola Santana dos Pretos está localizada na zona rural do município de Pinheiro, distando 32 km da cidade. Compõe-se de 150 famílias e tem como principal fonte de renda a agricultura. Medidas foram necessárias ser tomadas para o reconhecimento da posse das terras remanescentes de quilombo, que veio através do Decreto nº 4887 de 20 de novembro de 2003 onde visa regulamentar através dos órgãos governamentais competentes o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, tendo sido corroborado e ratificado o que vinha transcrito na CF 88 em seu artigo 68 além do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, e artigos 215 e 216. A metodologia utilizada para a realização da pesquisa consistiu nos métodos da história oral, pois, a partir desta metodologia podemos compreender os mecanismos de construção das identidades sociais, além dos processos de resistência cultural, política e histórias de vida dessa comunidade. Por fim, problematizaremos os relatos que nos foram concedidos, interligando-os com as referências bibliográficas para vislumbrarmos as primeiras conclusões.