Cultura do mirtilo
autoras Filomena Serrado (colaboradora externa /Mirtilusa) Marisa Pereira (Mirtilusa) Sofia Freitas (AGIM) Susana Martins (ADRIMAG) Teresa Dias (AGIM) coordenação Susana Martins (ADRIMAG) colaboração Cristina Monteiro (Uruberry) Guillermo Caracciolo (Arandano Argentino) Revisão científica do ponto 3 Luís Lopes da Fonseca (INRB)
projecto co-financiado por
prefácio
A Política Agrícola Comum e as suas revisões, levaram ao desaparecimento parcial de uma das principais actividades económicas de Portugal nas últimas décadas – a agricultura. Perante este cenário, a diversificação das actividades, no sector e na exploração agrícola, tornou-se num objectivo de muitos agricultores, que continuaram a ter na terra a sua fonte de rendimento e subsistência. O Programa de Iniciativa Comunitária LEADER, lançado em 1991, contribui decisivamente para a diversificação das actividades nas explorações agrícolas e surgem, um pouco por toda a Europa, novas actividades nas explorações, alterações nos métodos de produção e até a aposta em novos produtos, como é o caso do Mirtilo. Em Portugal, surgem na década de 90, as primeiras plantações de mirtilo no concelho de Sever do Vouga, transformando-se o produto da cultura do mirtilo, num acrescento à economia familiar, que vai ganhando maior relevância com o passar dos anos, sendo que 95% da produção é exportada, com a inerente mais-valia dos produtores do Mirtilo de Sever, colocarem o fruto no mercado europeu, nos meses de Maio/Junho de cada ano, ou seja, antes dos demais concorrentes. Os mercados externos, onde é colocado o Mirtilo de Sever, são cada vez mais exigentes em termos de normas de qualidade de produção e de manuseamento, pelo que não tenho dúvidas que este livro virá reforçar o interesse dos produtores (actuais e futuros) na melhoria contínua de métodos e processos, nas explorações produtoras de mirtilos. Para o surgimento deste “manual de boas