Estaquia
A estaquia é um método de propagação em que segmentos destacados de uma planta, sob condições adequadas, emitem raízes e originam uma nova planta com características idênticas àquela que lhe deu origem (MELETTI, 2000). O segmento retirado de uma planta matriz, com pelo menos uma gema vegetativa é denominada estaca, podendo ser de ramos, de raízes ou de folhas.
Na fruticultura a estaquia é usada com o objetivo de preservar as características essenciais da espécie e aumentar o número de indivíduos da mesma (ARAÚJO & CASTRO NETO, 2002). É uma técnica muito utilizada em decorrência da simplicidade e baixo custo (FACHINELLO et al., 2005).
A viabilidade da propagação por estacas depende da capacidade de formação de raízes, da qualidade do sistema radicular formado e do desenvolvimento posterior da planta propagada na área de produção. Inúmeras espécies de interesse comercial podem ser propagadas por estaquia como a figueira, a goiabeira e porta-enxertos de videira. (FACHINELLO et al., 2005).
Estaquia em mirtilo
Entre os fatores que limitam a expansão da cultura do mirtilo, está a dificuldade de propagação, que reduz a disponibilidade de mudas para comercialização (HOFFMANN, 1994), quer seja de plantas micropropagadas, quer por enraizamento de estacas, criando alta demanda e uma oferta reduzida de mudas (MONTEIRO, 2004). O mirtilo, quando propagado por estaca, seja lenhosa, ou seja herbácea, possibilita obter-se, dependendo da cultivar, enraizamento na ordem de 60% a 80%. Na Europa, são usados os dois métodos de propagação, enquanto, nos Estados Unidos, prefere-se utilizar estacas lenhosas para o mirtilo gigante (highbush) e herbáceas para rabbiteye. Com relação a estacas lenhosas, o diâmetro recomendado é de 6 a 7 mm, sendo que aquelas com diâmetro menor enraizam mais facilmente, entretanto têm desenvolvimento vegetativo mais lento (BOUNOUS, 2003). Um estudo do efeito do ácido indolbutírico e da cultivar no