análise comparativa dos textos de Enrique Dussel e Anthony Giddens
A modernidade pode ser entendida como um conjunto de grandes transformações que se iniciou a partir do século XV e se estendeu até o século XVIII, envolvendo aspectos culturais, políticos e econômicos. Existem diferentes interpretações sobre o conceito de modernidade e como esta ocorreu em diferentes locais do mundo. A ideia que possui mais adeptos é a do eurocentrismo.
O eurocentrismo corresponde a uma expressão que emite a ideia, no mundo como um todo, de que a Europa e seus elementos culturais são referência para a composição da sociedade moderna. De acordo com diversos estudiosos essa perspectiva se mostra como uma doutrina que adota a cultura europeia como a pioneira da história, enquadrando-a como uma referência mundial para todas as nações, como se apenas a cultura europeia fosse útil e verdadeira. Essa ideologia de centralidade cultural europeia ganhou uma proporção tão grande que dentro e fora da Europa existe a visão de que essa representa toda a cultura ocidental no mundo.
O sociólogo Anthony Giddens é um dos estudiosos que acreditam nessa teoria, ou seja, para ele a modernidade possui uma única origem. O autor trata, de forma generalizada, o termo modernidade como referente às instituições e modos de comportamento estabelecidos pela primeira vez na Europa depois do feudalismo e que no século XX se tornaram mundiais em seu impacto.
A modernidade, segundo o sociólogo britânico, possui dimensões ou eixos institucionais, uma dimensão relaciona-se com o “mundo industrializado” e suas implicações nas relações sociais (uso generalizado da força e do maquinário nos processos de produção) e a segunda é o capitalismo, sistema de produção de mercadorias que envolve tanto mercados competitivos de produtos quanto a mercantilização da força de trabalho (Giddens, 2002)
Henrique Dussel (2005) classifica a modernidade como uma emancipação, uma saída da imaturidade por um esforço da razão como