Análise Comparativa Giddens
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Análise comparativa dos textos de Enrique Dussel e Anthony GiddensEm relação à modernidade, diversas são as interpretações acerca de seu surgimento e até mesmo sobre seu conceito. Quando analisada sob a ótica europeísta, pode ser entendida como um conjunto de grandes transformações que se iniciou a partir do século XV e se estendeu até o século XVIII, envolvendo aspectos culturais, políticos e econômicos.
Giddens, porém, partilha da visão de que a atual fase que vivemos, considerada por muitos como pós-moderna, seja o ápice da modernidade, uma vez que suas consequências nunca estiveram tão evidentes como nos dias de hoje. Não há, portanto, um consenso entre os estudiosos que possa delimitar a modernidade como uma era com começo e fim. Assim como atribuir à Europa a gênese da modernidade agrada a alguns e desagrada a outros. A ideia do eurocentrismo, porém, é largamente defendida e mais aceita. Dussel afirma que o conceito de modernidade que surgiu a partir de 1492 foi resultado de uma "gestação" que há muito já se desenvolvia que partiu das cidades européias medievais, que eram livres e centros de enorme criatividade.
Ressalta que Espanha e Portugal ao final do século XV já não possuíam mais características feudais, sendo mais nações renascentistas, que o autor define como sendo o primeiro passo rumo à modernidade propriamente dita.
Foram as primeiras regiões que estabeleceram o domínio do "centro" sobre a "periferia". A Europa, "centro" geográfico mundial, inicia então, primordialmente através da Espanha - pelo seu potencial de colonizador, a "modernização" de regiões "periféricas" no mundo, começando pela América Latina, seguido por África e Ásia.
No mundo como um todo, a Europa e seus elementos culturais se tornam referência para a composição da sociedade moderna. Dussel considera que essa visão trate como inúteis ou descartáveis culturas externas à européia. Essa perspectiva adota a cultura européia como a pioneira da história, enquadrando-a como uma