Cultura do Feijao e Milho
Prof. Dr. Danilo Chagas, D.Sc. , MZO-UFF, danilochs@gmail.com
O Brasil é o segundo produtor mundial de feijoeiros do gênero Phaseolus e o primeiro na espécie (Phaseolus vulgaris L.). A importância dessa produção deve-se a que o feijão, além de se constituir um dos alimentos básicos da população brasileira é um dos principais produtos fornecedores de proteína na dieta alimentar dos estratos sociais, economicamente menos favorecidos. O consumo atual de feijão é de cerca de 16 kg/hab/ano, existindo preferências de cor, tipo de grão e qualidade culinária em algumas regiões do país sendo que 80% são para o feijão de cor e 20% para o tipo preto. Na safra 2006 a produção brasileira de feijão foi de 3,4 milhões de toneladas com elevações de 7% na área colhida e de 5,6% na produtividade média. As produções relativas à 1a safra (safra das águas) e a 2a aumentaram 11,2% e 26% respectivamente.
1- Botânica
O gênero Phaseolus teve dois distintos centros primários de origem: 1o localizado América Central, nos altiplanos do México e Guatemala, com altitudes variáveis de 500-1500m. Também diversos outros centros secundários na América (norte Argentina e o pantanal de Mato Grosso). O outro centro primário de origem na Ásia Tropical conhecido há longo tempo.
O número de espécies conhecido de Phaseolus, ainda não traz controvérsias, variando em torno de 180 como válidas, sendo 126 americanas e 54 asiáticas e africanas. A domesticação e posterior seleção resultaram em genótipos com ramificação reduzida, maior número de flores e vagens e sementes maiores. A origem de Phaseolus vulgaris L., obedeceram duas correntes distintas. As primeiras hipóteses como sendo a Índia por Linnaeus em 1753. De Candolle (1886), colocou dúvidas colocando-o entre as espécies de origem duvidosa, suspeitando da origem americana. Wittmack descobriu em túmulos incas (Peru) que correspondia às variedades silvestres de Phaseolus vulgaris.
Dentro do gênero Phaseolus