Fixação de nitrogênio com feijao caupi em consórcio com milho
A prática de consorciação milho-feijão é atualmente uma das mais utilizadas pelos produtores, pois possibilita uso mais eficiente do solo e maior retorno econômico.
O Brasil é o maior produtor de feijão comum (Phaseolus vulgaris) do mundo, seguido da Índia e da China. De acordo com o Balanço de Oferta e Demanda da Conab, na safra 2010/2011, o Brasil consumiu 3,6 milhões de toneladas de feijão e produziu 3,8 milhões de toneladas. Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia são os principais produtores desse cereal, o que corresponde a quase 50% da produção nacional.
O milho é o principal cereal produzido no Brasil, cultivado em cerca de 13 milhões de hectares, com produção aproximadamente 42 milhões de toneladas de grãos e produtividade media de 3,2 toneladas por hectare (Conab, 2005). Descoberta em ilhas próximas ao litoral mexicano há mais de sete mil anos, a planta silvestre recebeu o nome de 'milho', de origem indígena caribenha, com o significado de 'sustento da vida'.
A cultura do milho requer grandes quantidades de nutrientes, entre eles o nitrogênio é o mais absorvido, quando o solo não atende a esta demanda é necessária uma adubação nitrogenada. Com a aplicação intensiva destes fertilizantes há aumento no custo de produção e danos ao meio ambiente.
Uma prática para reverter essa situação é o uso de leguminosas como o feijão caupi (Vigna unguiculata) que possui capacidade de fixar quantidades de nitrogênio no solo semelhante à adubação nitrogenada. Alem disso melhora temporariamente, algumas propriedades físicas do solo favorecendo culturas posteriores.
A capacidade de captar o N da atmosfera e disponibilizá-lo para plantas está relacionada a uma associação que as legominosas fazem com bactérias do gênero Rhizobium.
Esta associação do rizóbio com as raízes das leguminosas é chamada de "simbiose", termo que define um tipo de relação benéfica entre os parceiros, neste caso a planta e a bactéria. O rizóbio utiliza os carboidratos provenientes