Cultura de massa e consumo infantil
Cultura de massa e consumo infantil
Não restando mais lugar para expansão, limitada por regimes contrários ou por falta de interesse como zonas indígenas mais preservadas, o capitalismo inicia uma nova onda de expansão, almeja agora a mente humana. Independentemente de etnia, credo, cultura, língua, gênero e idade tenta a todo custo implantar a lógica do consumismo por meio de uma sutil e implacável cultura de massa.
Para Edgar Morin cultura é um corpo complexo de normas, símbolos, mitos e imagens que penetram o indivíduo em sua intimidade, estruturam os instintos, orientam emoções e massa é um aglomerado gigantesco de indivíduos compreendidos aquém e além das estruturas da sociedade (classes, família, etc). Por sua natureza universal a cultura de massa ganha a fluidez necessária para influenciar e ser influenciada pelas demais culturas sem ser desconsiderada.
Nessa nova cultura o consumismo ganha quase o status de arte é a tônica da massa. Fascina tanto adultos como principalmente crianças e essas tem recebido uma atenção toda especial. Com uma medicina que prolonga cada vez mais a vida humana as empresas cada vez mais tentam iniciar a criança no universo do consumo para levar o período de consumo para níveis mais altos.
As crianças estão sendo estudadas incansavelmente e ininterruptamente pelo mercado. Ele aprende o que falar e o jeito, a forma de brincar e se divertir, como se relaciona em grupo tanto com seus pares como com os mais velhos, como escolhem produtos e como os usam, enfim a criança tem sido posta ao microscópio do mercado.
Esse estudo garante que as crianças sejam manipuladas para consumir igual os adultos o quanto antes e, se possível, ajude a mídia a passar esses valores para as próximas gerações.
Essa sugestão imposta padroniza os gostos, atitudes, escolhas e até sentimentos de modo que possa ser produzido a maior quantidade de produtos iguais para atender esse novo consumidor padrão.