Classes sociais
José Ednilson Gomes de Souza Júnior1
Camila Hildebrand Gazal Fortaleza 2
Josemar de Campos Maciel3
RESUMO
Este estudo tem como foco a análise das relações entre a criança e o consumo por meio da manifestação imperativa da propaganda infantil contemporânea através da mídia. Leva-se em conta as abordagens teóricas de autores pósmodernos, especialmente de Jean Baudrillard, apresentando recortes da sociedade, infância, consumo e mídia para compreender a cultura de consumo que envolve o segmento infantil. Buscar-se-á, com isso, compreender de maneira crítica os diálogos entre a propaganda, o consumo e a criança na contemporaneidade. Esta será uma análise que naturalmente encontrará desencontros com o pensamento publicitário mercantil.
Palavras-chave: Propaganda. Infância. Consumo. Mídia. Pós-modernidade.
INTRODUÇÃO
O Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE 2000) aponta que crianças de 4 a 14 anos representam
37.245.906 de brasileiros, quase 22% da população do país. Além disso, 78% dessas crianças vivem em situação domiciliar urbana, ou seja, mais próximas aos bens de consumo e expostas à comunicação publicitária estrategicamente dirigida a segmentos específicos, em diversos meios.
A princípio este tipo de comunicação era voltado ao público adulto, porém entre as décadas de 70 e 80 a publicidade brasileira assumiu o surgimento deste novo target – o infantil - e deste então, ações diretas e
1
Graduando em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda pela
Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande. Bolsista com financiamento da Agência de
Notícias de Direitos da Infância – ANDI, Fundação W. K. Kellogg e Instituto ALANA.
2
Graduada em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda,
Especialista em Administração em Marketing e Comércio Exterior e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento