Cultura Brasileira (A cachaça)
A cachaça tem seu significado nas raízes de nosso povo. Está ligada à história de nosso país. Está presente na história, na culinária, no folclore, na literatura na música e até mesmo na religiosidade e nas crenças do nosso povo.
E, ela, não é mais só coisa do povão. Na verdade, nunca foi só que antes a elite consumia de forma velada. Hoje nossa pinga é um de orgulho nacional no exterior. É sucesso pelo mundo a fora.
Além de se tornar cada vez mais adorada pelos brasileiros, a cachaça virou uma espécie de marca registrada do Brasil, pois é a segunda bebida mais consumida no país, ficando atrás apenas da cerveja. A cachaça também serve de agasalho pra muita gente, ela também contribuiu ao longo dos anos para enriquecer a farmacoterapia popular. Misturada com ervas, por exemplo, é recomendada para abrir o apetite e como digestivo. É capaz de curar gripe, picadas de cobra, reumatismos, sífilis, maleita, é relaxante e ao mesmo tempo tira o sono, se essa for a necessidade. Até mesmo para o alcoolismo ela dá jeito: ao bebedor insaciável, nada como uma aguardente misturada com caldo de coruja e areia de cemitério para evitar a continuação dos excessos.
No candomblé, a cachaça é elemento fundamental para o sucesso dos pleitos dos fiéis. E n o catolicismo, está presente num auto do Círio de Natal, chamado “Baile da Aguardente”. São Benedito era cantado nas trovas populares como o “santo preto, que bebe cachaça e ronca no peito”. E tem gente que jura ter sido a cachaça inventada pelo próprio São Pedro, a pedra sobre a qual a Santa Madre Igreja foi edificada. Os apreciadores da bebida não gostam de usar termos como pinga ou aguardente como sinônimo de cachaça. Isso porque aguardente pode se referir a qualquer tipo de destilado. O termo, inclusive, não nasceu no Brasil e, sim, na Grécia. Lá, foi desenvolvido um processo de evaporação da água no cedro que se espalhou pela Europa e Ásia. No Brasil, os Senhores de Engenho produziam a cachaça a partir da