Cuidados paliativos

CUIDADOS PALIATIVOS
Cuidados paliativos constituem-se como uma forma alternativa de manejar a dor e o sofrimento do paciente cuja doença encontra-se em estado avançado, ou quando há alta probabilidade de a enfermidade levá-lo ao óbito. As ações paliativas devem ser iniciadas desde o diagnóstico até a morte do paciente, atuando também no período de luto, contribuindo para que familiares do doente possam elaborar a perda de modo mais benéfico possível e adaptar suas vidas sem o ente-querido. Diferentemente da proposta do hospital, os cuidados paliativos não visam somente à cura do paciente, mas cuidar dele e da sua família de modo humano e digno, buscando sempre o alívio da dor e do sofrimento, sejam eles de origem física, psíquica, social ou espiritual.
O conceito de cuidados paliativos é, muitas vezes, associado aos hospices, estabelecimentos que existiam na Idade Médios destinados a hospedar peregrinos e viajantes que buscavam local onde pudessem descansar de suas jornadas ou curar- se de alguma doença antes de continuar seus trajetos. Posteriormente, surgiram hospices, de origem predominantemente religiosa, destinados a cuidar de moribundos, enfermos, pobres e necessitados.
O St Christopher’s Hospice foi a concretização dos conceitos de hospice e cuidados paliativos da modernidade. A sua criadora, Cicely Saunders, foi graduada em enfermagem, assistência social e medicina. Sua experiência como enfermeira, possibilitou que assistisse constantemente como os pacientes em estado terminal eram tratados com negligência no leito do hospital, já que nesses locais focavam-se na cura e, quando a morte do paciente já era certa, cessavam-se os cuidados. Cicely, no entanto, não aceitava a frase “não há mais nada há fazer”, pois, para ela, “temos muito mais a fazer ainda”. Dedicou sua vida em pesquisas com o intuito de aliviar a dor e buscar um melhor modelo de cuidar desses doentes, atendendo às suas necessidades de variadas ordens e proporcionando-lhes melhor qualidade