CTS ciência tecnologia e sociedade
A expressão “ciência, tecnologia e sociedade” (CTS) engloba as novas interpretações do estudo da ciência e tecnologia para o campo do trabalho acadêmico. Seu objeto de estudo constitui-se a partir dos aspectos sociais da ciência e tecnologia, criando uma nova imagem o fenômeno científico tecnológico contra a concepção clássica. A concepção clássica também conhecida como triunfalista e essencialista, resume-se num chamado entre “modelo linear de desenvolvimento”: + ciência = + tecnologia = + riqueza = + bem estar social. Nele esquece-se a sociedade para buscar exclusivamente a verdade, que só pode ser alcançada se mantiver livre da interferência de valores sociais, mesmo que estes sejam benéficos. Assim a ciência e tecnologia são vistas como atividades valorativamente neutras. A expressão política dessa concepção existencialista surge imediatamente após a segunda guerra mundial, onde são criados os primeiros computadores eletrônicos, os primeiros transplantes de órgãos e os primeiros usos de energia nuclear para transporte. A imagem dessa concepção clássica vem sendo fortemente questionada a partir da segunda metade do século XX, em que acontecimentos como o 11 de Setembro (2001) agem como alerta para a necessidade da correção do modelo linear. A velha política da verdade como meta inalcançável começa a se transformar em uma nova política mais intervencionista, em que os poderes públicos usam de uma série de instrumentos técnicos, administrativos e legislativos para encaminha o desenvolvimento científico e tecnológico, supervisionando seus efeitos sobre a natureza e sociedade. Os estudos CTS almejam entender a dimensão social da ciência e tecnologia desde os seus antecedentes sociais, como as suas consequências sociais e ambientais. Propõe-se a entender a ciência e tecnologia não como processo autônomo, mas sim um processo inerentemente social, onde os elementos técnicos desempenham um papel significativo no fortalecimento das