Crônicas de um Aniversário
21 de setembro de 2013 às 01:24
Nos últimos anos, eu não tenho feito nada além de um bolo e refrigerante para que numa eventualidade de um amigo ou parente comparecer para me dar aquele abraço e desejar-me inúmeras felicitações. O fato de não comemorar o próprio aniversário, de não fazer convites formais, tudo isso não significa reclusão, ou avareza, ou qualquer outro sentimento estranho, mas quer dizer que amadureci o suficiente para saber o que quero e como quero celebrar mais uma primavera. Hoje recebi telefonemas, torpedos, e-mails, postagens nas redes sociais e até mesmo visitas em minha humilde residência. Esse é o momento cut-cut de se fazer aniversário: de saber que há pessoas que torcem, admiram e até te amam. Já o momento bad é ter pessoas na mesa cantarolando os parabéns e com o direito a velinhas, pedidos e discurso (ahh ainda tem aquele famoso “com quem será”, que por Deus, só os solteiros riem – ou não). Pois bem, eu tive visitas, mas tratei de me antecipar a qualquer custo para evitar o lance de soprar velas. Confesso que nada melhor para te ajudar nisso do que as crianças. Sim, são elas que estão afoitas para se esbaldarem em comer o bolo recheado e de cobertura com refri. Antes de falar de como as crianças podem ser suas aliadas nessa missão de esquecer o soprar de velas, preciso contar a saga da gurizada do meu bairro, que eu praticamente adotei e de como elas apareceram para meu aniversário. Como de costume, em quase todas as tardes, os irmãos Geraldo* e Bianca vieram para brincar com meu filho. Pegaram-me no flagra – eu estava preparando recheio e cobertura de bolo. Falei a eles para retornarem depois para comer bolo (não revelei que era meu aniversário). Quando retornam (isso em menos de 3 min) foi inevitável esconder o que não revelei. Graças a um telefonema, eles sacaram que era meu aniversário. Começaram a querer pensar em me dar presentes... dissuadí-los da ideia e só pedi que viessem. Então, se