Crítica do livro acesso á justiça
CRÍTICA AO TEXTO: “DIREITO E JUSTIÇA: DA PRÉ-HISTÓRIA À
CONTEMPORANEIDADE”
, setembro de 2013
Em primeira análise quando fala-se em justiça, logo pensa-se em um ideal, uma sequencia de atos que tem por fim fazer o bem e não o mal. Lembra-se que quando uma pessoa realiza o mal, deve-se aplicar a justiça, que a priori é aplicada por uma pessoa totalmente imparcial e sobremodo justa, o juiz. Entretanto, o conceito de uma justiça aplicável pelos homens, não pode ser considerada em todos os aspectos justa, haja vista que não é possível que o aplicador se desvencilhe de seus princípios, valores e principalmente de sua opinião com relação a determinado fato.
Todos nós ao sermos questionados sobre um acontecimento, logo expedimos um juízo de valor, apontando quem a nosso ver está errado, de forma que por analogia dizemos que a outra parte agiu acertadamente. Depreende-se, porém, que para uma mesmo relato haverá diferentes visões, tanto no modo de descrever a forma que os fatos ocorreram, quanto no apontamento do sujeito errado e do sujeito que agiu acertadamente.
Não há indícios de dúvida quanto o que leva os diferentes sujeitos a divergirem sobre o análise do fato ocorrido e o juízo de valor empregado, os diferentes sujeitos levam com sigo experiências próprias e de suas familiares. Caso o sujeito que irá emitir um parecer de quem aparentemente está certo ou errado em um atropelamento, já tenha sido vítima de atropelamento, existe uma grande probabilidade de que ele aponte o motorista como o causador do ocorrido, mesmo que não seja a verdade real. Mas de acordo com a visão do sujeito que presenciou o fato e que já passou por esta experiência, não fica dúvida de quem acertou e de quem errou.
Parece-me então, que em um contexto de muitos acontecimentos e de inúmeros sujeitos, todos dentro de uma ordem jurídica, a liberdade de interpretação extensiva da norma, aponta-se muito perigosa, pois se o