Crítica de novela
Uma comédia romântica que aborda o espiritismo. Um rapaz que desenha o rosto da mulher amada desde criança e conta com a ajuda de um espírito para encontrá-la. Dois irmãos rivais e apaixonados pela mesma mulher. Situações engraçadas inseridas em um enredo cheio de romance. Um novelão? Talvez!
Essa foi minha primeira reação com as primeiras chamadas de Alto astral. No entanto, esse TALVEZ se transformou em um gigantesco NÃO. Pelo material apresentado em suas chamadas, a trama sofreria da SÍNDROME DA NOVELA CERTA NO HORÁRIO ERRADO, a mesma sofrida por Além do horizonte, que apresentou uma história interessante e criativa, mas que seria melhor aproveitada em uma série às sextas-feiras depois do Globo Repórter. A Globo que me desculpe, mas as chamadas mais pareciam que anunciavam a nova novela das seis, sendo mais exato, a nova novela de Elizabeth Jhin. O tema espírita parecia carregar toda a história de maneira doutrinária, apesar das já anunciadas ótimas cenas de Claudia Raia e sua Samantha Paranormal.
Talvez, minha rejeição à primeira vista pela novela de Daniel Hortiz tenha se dado devido ao trauma deixado por Geração Brasil, que parecia promissora e estreou em grande estilo, com um capítulo engraçado, história interessante, grande elenco e repleta de personagens populares. A ideia inicial, mesmo que arriscada, trazia núcleos cômicos atraentes e um drama central convincente, prometendo uma boa mescla com o mundo dos computadores. No entanto, tudo isso foi esvaziado na época da Copa do Mundo, quando os capítulos passaram a ter menos de cinco minutos (Com Davi e Manu pedindo para o telespectador enviar vídeos fazendo determinadas 'brincadeiras') e a novela ficou entediante. Passado o mundial, a trama envolvendo o protagonista ambíguo Jonas Marra (Murilo Benício) foi esvaziada, enquanto que os demais núcleos foram perdendo a função. Com uma