Cronica sobre vicio
Dias atrás recebi a visita de uma sobrinha de 13 anos (o pai dela é maçom e eu não sabia) que veio estudar com a milha filha. Elas estudam na mesma sala de aula, desde que começou o ano letivo e eu não sabia que o seu pai era meu irmão. Minha filha estava no banho quando tocou a campainha e fui atender. A jovem adolescente, disse:
- Oi tio, a Rosa ( Rosa é minha filha) está?
- Tá sim, quem é?
- Sou Renata, colega de classe da sua filha Rosa e sua sobrinha.
- Hamham. Sobrinha? Quem será? Pensei. Abri o portão e convidei-a a entrar. Disse a ela para aguardar que a Rosa estava no banho e já vinha.
Puxei a conversa, com a jovem. Quem é seu pai?
- Antônio, seu irmão. Respondeu-me.
Meu irmão? Pensei? Só tenho um irmão que mora em Porto Alegre. Só pode ser algum irmão da outra Loja que eu não conheço. Convidei-a aguardar na sala de leitura, juntamente comigo, enquanto continuava a ler meu jornal.
- Tio? Você é maçom? Ela me perguntou.
Parei de ler o jornal, tirei os óculos que uso para leitura de perto, olhei bem para os olhos dela e enchi o peito de emoção para responder que sim, mas imediatamente, lembrei-me dos juramentos efetuados na iniciação e devolvi a resposta com outra pergunta.
- Por que você quer saber se sou maçom?
- É que meu pai é maçom, chama outros homens de irmãos e também trabalha nestas festas e almoços que os maçons fazem e nesse final de semana, vi o senhor com a camiseta parecida com a do meu pai, também trabalhando no almoço beneficente. É legal trabalhar para ajudar os outros né?
- Que bom que seu pai é maçom. Então ele trabalha para ajudar os outros?
- Trabalha um pouco. Ele fala que de vez em quando vai dar uma mão e não trabalhar muito não e que muita gente fala muito e não faz nada. Só enche o “saco”. Desculpe-me pelo palavrão. Meu pai disse que é feio falar assim.
- Não tem nada não.
Ela insistiu na pergunta anterior. O senhor é maçom, tio? Achei muito intrigante essa menina pela