Cronica: Lugar onde vivo
Não sei como nem porque, talvez por que venho de uma cidade pequena ou porque sempre gostei de muitas pessoas no mesmo lugar, de edifícios do qual sua altura se confunde com sua beleza, de monumentos históricos de tão bonitos. Há várias razões mas nenhuma explicação lógica, o Centro de Porto Alegre é uma das coisas mais espirituais que existe nesse mundo pra mim, eu que tenho nenhuma ou quase nenhuma espiritualidade me sinto no céu cristão ocidental quando vou para aquele lugar, como não me sentir bem onde passa todos os dias milhares de pessoas, com grandiosos edifícios, com praças majestais, e com tanta coisa boa que esse papel não ousaria receber. De fato desde que me mudei pra esta cidade aquele lugar me chama atenção, me seduz e me obriga a vizita-lo seja por sua função vital na sociedade Porto Alegrense ou pela sua ''aura'' de paz, desde as primeiros passos no Glênio Peres, desde o primeiro ônibus no Terminal Parobé, ou o primeiro trêm abaixo dos chamantes arcos eu já achava tudo muito belo, as milhares de pessoas passando, ricas e pobres, feias e bonitas, as subidas e decidas, ruas asperas com asfalto gasto, ou pequeninhas do qual a calçada se confunde com a rua, desde o começo aquilo me impressionava, tive o prazer de viver alguns momentos inesquecíveis lá, uns que duram até hoje, como o primeiro protesto da vida, lembrao como se fosse hoje a correria o griteiro, a covardia dos policiais e o desespeiro do meu velho (que por sinal aquele foi o último protesto dele), ou os dias de jogo do Grêmio, com os ônibus ''futebol'' azuis, em um caminho lento de muita cantoria e alguns rojões nas costas que fazia o ônibus no caminho do Largo até o Olímpico e depois à Arena, lembro sim das tardes ensolaradas na redenção, daqueles jovens, daqueles cachorros, daqueles cigarros e daquelas bicicletas, das risadas e de tudo que aquela praça que pra mim é a mais linda do mundo pode oferecer, como esquecer de quando eu por pura curiosidade resolvi subir as