Cromossomos Politenicos

Ciclo celular e endoploidia
A maior parte dos organismos tem algum tecido especializado que passa por eventos que tornam a célula poliploide. Um desses eventos é chamado de endoploidia (ou endomitose), onde a célula segue por um evento similar ao ciclo mitótico, isto é, possuí as fases G1 – S – G2 nessa mesma sequência, mas ao invés de passar pela divisão propriamente dita, retorna a fase G1 e assim, o conteúdo nuclear fica replicado. Desse modo não ocorre ruptura do envoltório nuclear nem divisão nuclear e as células se mantêm em interfase permanente. Também é possível que o núcleo tenha se tornado poliploide por meio da chamada restituição nuclear, onde a célula ao final da anáfase ou inicio da telófase reconstituí um núcleo único. A poliploidia é o processo pelo qual cromossomos politênicos são formados, essa conformação do material genético também é conhecida como cromossomo gigante. Isto ocorre porque, em algumas espécies, o material é continuamente replicado por endomitose e as cromátides novas formadas são pareadas com o DNA que lhe deu origem por sinapses. Dessa forma, após vários ciclos são formados cromossomos como várias fitas cromáticas que são chamados de cromossomos politênicos (Figura 1.A).
Não são todas as células poliploides que formam cromossomos politênicos, em alguns casos as fitas recém-sintetizadas ficam descondensadas e não se pareia com a fita formadora, o que dá ao núcleo após evento de endoploidia uma aparência similar a antes da duplicação, apenas maior e com o dobro de material genético. Ainda há organismos que se diferem dos dois casos apresentados, os chamados diplocromossomos, que são formados quando há apenas um evento de duplicação cromossômica e as fitas se pareiam, dando maior espessura aos cromossomos, esse evento também ocorre em humanos (Figura 1.B).
Os órgãos e tecidos portadores de células com cromossomos politênicos crescem devido ao aumento do volume celular e não ao aumento do número de células. O processo