criticismo

Criticismo

Definição geral

O criticismo resume-se a uma doutrina filosófica, na qual são definidas fronteiras que delimitam a realidade que pode ser conhecida pelo homem.

Ponto de partida da teoria

À semelhança do racionalismo imanente, Kant adota uma postura dogmática ao acreditar nas capacidades humanas para se poder atingir o conhecimento (o ponto de partida são as ideias inatas). No entanto, afasta-se deste dogmatismo ao considerar que o conhecimento está sujeito a restrições, sendo a experiência um limite intransponível. Desta forma, é justo afirmar que a ciência apenas ganha sentido no que respeita ao conhecimento dos fenómenos do universo.

Participação do sujeito e do objeto no conhecimento

Kant explica que a relação entre o sujeito e o objeto tem sempre forma de uma representação que o sujeito faz do objeto e que pode assumir 3 formas distintas: a primeira é a conformidade do objeto com a representação que o objeto faz dele mesmo; a segunda é segundo a relação causal entre o sujeito e o objeto; e a terceira é de acordo com a intensidade com que a representação do objeto afeta o sujeito.
Estas 3 relações são estudadas na “Crítica da razão pura”, na “Crítica do juízo” e na “Crítica da razão prática”

Sensibilidade e entendimento

Ao considerar o processo do conhecimento como uma participação conjunta do sujeito e objeto, Kant admite a existência de uma dicotomia indispensável entre sensibilidade e entendimento como forma do sujeito constituir o objecto de conhecimento propriamente dito. Desta forma, no criticismo, Kant entende que é necessário ultrapassar o racionalismo dogmático e o empirismo, na medida em que, nestas teorias, apenas é reconhecida uma possível fonte de conhecimento: ou a sensibilidade, ou o entendimento. A sensibilidade dá a matéria e o entendimento as formas do conhecimento.
Para ele, o conhecimento humano processa-se a partir de duas fontes fundamentais do espírito: a intuição, ou seja, a captação de