Critica e Utopia

951 palavras 4 páginas
O texto “Critica e utopia em Rousseau” de Carlos Nelson Coutinho faz referencia ao pensamento de Jean Jacques Rousseau (importante filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço. É considerado um dos principais filósofos do iluminismo e um precursor do romantismo) utilizando do método comparativo para fundamentar as ideias e argumentos. Carlos Nelson deixa bem claro ao inicio de suas escritas que o objetivo de seu ensaio é de tentar argumentar em favor do pensamento de Rousseau e para isso dispõe das obras do mesmo, o Discurso, Do contrato social e Emílio (em pequenos trechos).
Para melhor entendermos o complexo pensamento de Rousseau será necessário o estudo dos dois diferentes tipos de contratos: no discurso, a origem e a expressão da desigualdade, colocado a serviço dos ricos e no contrato uma espécie de pacto legitimo baseado no interesse comum e bem estar social. Comparando sempre a dois outros autores contratualistas do período anterior, Hobbes e John Locke.
O ponto de partida do pensamento Rousseauneano é a desvinculação de autores de caráter liberal e individualista, no pensamento de Hobbes o homem era lobo do homem, vivia em constantes conflitos para a proteção do maior bem pessoal, a vida. Em Locke esse bem se estendia para a propriedade privada, chegando à legitimação de leis e valores para proteção desses bens. Já em Rousseau o “estado de natureza” é baseado no homem natural, ou seja, todos os comportamentos, as linguagens, os sentimentos, sentido moral era desvinculado ao homem natural e somente a partir da socialização que esse homem poderia adquirir tais atributos. Outro ponto principal é que Rousseau não esta preocupado em legitimar o contrato de uma forma privada e publica, mas sim uma espécie de organização de modo que a sociabilidade seja o principal na cabeça de cada indivíduo.
Deixa-se claro essa distinção dos “estados de natureza” entre os três autores, os dois primeiros com perspectivas de caráter possessivo e

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