crise imobiliaria
Nos EUA existem três tipos de financiamento: Prime, Subprime e Default. O primeiro é aquele que tem os bons pagadores, as taxas de juros são as menores do mercado de 3 a 5% ao ano. O segundo tem o risco maior de inadimplência, pessoas que não são tão pontuais ou que não conseguem comprovar a renda. E o terceiro tem crédito em atraso com negociação pra recuperação.
Na primeira metade da década de 2000 havia muito crédito no mercado americano. O Governo, por sua vez, começou a disponibilizar tal crédito com mais facilidade. A crise vai ser caracterizada pelo empréstimo subprime. Os riscos de tal financiamento foram assumidos por grandes bancos imobiliários americanos.Estes, venderam parte das dívidas para outras instituições de mesma finalidade. Afinal, para os bancos o que interessa é o lucro rápido em cima de juros.
Em 2006 a economia estadunidense começou a perder o entusiasmo e, para reaquecê-la, o então presidente Bush pediu ao Federal Reserve para aumentar a taxa de juros . Com isso o país voltaria a ser atrativo para investidores, que também almejam lucro rápido em cima de juros. Porém, os cidadãos americanos sentiram o aumento e simplesmente pararam de pagar o financiamento, ou seja, se tornaram inadimplentes em relação ao financiamento imobiliário. Os bancos que assumiram os riscos não receberam o dinheiro e não puderam pagar as dívidas, gerando um efeito dominó.
A crise estourou quando o banco francês BNP Paribas congelou o saque de três de seus fundos de investimentos, que tinham seus créditos gerados a partir do financiamento imobiliário nos EUA. Isso gerou liquidez, ou seja, retração de crédito no mercado. A crise se espalhou, afinal outros bancos de outros países tinham fundos de investimentos semelhantes.