Crise imobiliária americana
Em 2007, os EUA vieram a sofrer mais uma crise de proporções mundiais: a crise imobiliária. Na época, os financiamentos bancários para aquisição de imóveis estavam sendo feitos com certa irresponsabilidade, pois a maioria que obtinha tais créditos não tinha condição de assumi-los, ou, até melhor, de paga-los.
Os Estados Unidos mantinha grande parte de sua economia à base do endividamento. Lá, parte da população comprava tudo no que, por aqui, conhecemos como crediário. Os bancos liberavam grandes quantidades de crédito para compra de casas a pessoas que tinham alto risco de inadimplência. A inadimplência de fato ocorreu e, além dos prejuízos com a inadimplência, o setor bancário teve fortes perdas com títulos. Os bancos com maiores problemas se viram à beira da falência e precisaram da ajuda do governo americano. A situação colocou em risco o sistema bancário e por sua vez toda a economia, pois se instalou uma grave crise de confiança e os bancos não queriam mais emprestar. Sem créditos, houve uma desaceleração total na economia, pois foram cortados investimentos e projetos. Com o medo da crise e as incertezas, os investidores se desfizeram de suas ações, levando à queda das Bolsas.
No combate à crise, uma série de ações foi tomada por bancos centrais em todo o mundo: cortes de juros, injeções de liquidez no setor financeiro da economia, nacionalizações de empresas do setor e controle estatal de tradicionais companhias de crédito imobiliário.
A crise no mercado imobiliário norte-americano tinha a possibilidade de provocar uma grave recessão na economia mundial, chegando a afetar até mesmo a economia brasileira. Mas, o senso geral era de que os países membros do BRIC (grupo de países emergentes que inclui Brasil, China, Rússia e Índia) estavam menos vulneráveis que as economias já desenvolvidas. Então, o Brasil não sofreu o impacto da crise como países europeus e asiáticos sofreram. No Brasil, a principal forma de